120 bpm https://120bpm.blogfolha.uol.com.br música eletrônica Wed, 06 Feb 2019 18:11:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Chemical Brothers hipnotiza o público do Sónar São Paulo https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/11/29/chemical-brothers-hipnotiza-o-publico-do-sonar-sao-paulo/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/11/29/chemical-brothers-hipnotiza-o-publico-do-sonar-sao-paulo/#comments Sun, 29 Nov 2015 14:59:27 +0000 https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/files/2015/11/Eduardo-Magalhães-19-180x120.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=1222 12309706_560586580759145_3162867267738954394_o
Ed Simons e Tom Rowland do The Chemical Brothers / Foto: Eduardo Magalhães/Divulgação

Depois da edição blockbuster de 2012 (dois dias de shows lotados no Anhembi), o Sónar São Paulo voltou modesto. Realizado no último sábado (28), no Espaço das Américas, o festival reuniu 6.500 pessoas (foram postos à venda 8.000 ingressos). O preço salgado dos bilhetes (R$ 550) afastou o público que só lotou o espaço com a distribuição maçica de ingressos VIP. “Ganhei oito convites numa promoção”, disse o estudante Vinicius Garcia, 25.

O contratempo não tirou o brilho musical do evento, que teve uma escalação impecável. O 120 BPM selecionou os destaques.

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Evian Christ e as luzes / Foto: Eduardo Magalhães/Divulgação

SEM GÊNERO

O britânico Evian Christ pôde mostrar ao vivo por que encantou o rapper Kanye West. Suas batidas que iam do trap ao hip-hop eram inclassificáveis. Os poucos que assistiram ficaram de queixo caído com o sistema de luzes e fumaças montado no palco durante a apresentação.

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O DJ francês Brodinski / Foto: Eduardo Magalhães/Divulgação

SALADA MISTA

A casa começou a encher quando Brodinski subiu pontualmente às 23h. O francês atirou para todos os lados. Foi do techno, acenou para a house e terminou seu set com o pancadão de “Us”, single do seu último disco “Brava”.

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THE CHEMICAL BROTHERS ! / Foto: Eduardo Magalhães/Divulgação

ED SIMONS VEM AÍ!

Quando todo mundo já estava conformado com o fato de que Ed Simons estava entregando seu TCC na Inglaterra e não viria ao Brasil, ele aparece todo serelepe no palco com o brother Tom Rowlands. O Chemical Brothers não perdoou e já abriu com “Hey Boy Hey Girl” para não deixar dúvida de que eles eram os donos da noite. Foi hit atrás de hit:  “Do it Again”, “Setting Sun”, “Galvanize”, “Star Guitar”…  A fusão de som e imagem era catártica e deixou o Espaço das Américas em transe. A parafernália da dupla era monstruosa, com vários sintetizadores e bugigangas. Uma pessoa comentou: “Deve ter até um unicórnio ali no meio!”. Os alquimistas terminaram seu set com “Block Rockin’ Beats”. A pista entrou em combustão.

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Zopelar e a geladeira de energéticos / Foto: Eduardo Magalhães/Divulgação

MENINO DE OURO

Zopelar tocou no melhor horário. Depois do Chemical Brothers e antes do Hot Chip. A responsabilidade era grande. Depois da surra sonora do Chemical, ele optou por um set de transição, mais calmo, chique e elegante. Uma turma se concentrou na frente e embarcou na proposta. O brasileiro começou meio tenso, mas terminou com cara de missão cumprida.

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Alexis Taylor do Hot Chip / Foto: Eduardo Magalhães/Divulgação

TROPICÁLIA

Com vários instrumentos e uma banda completa no palco, o Hot Chip atrasou. Os ingleses abriram com uma versão lenta de “Huarache Lights” e, após tocarem algumas músicas do último disco, “Why Make Sense”,  apelaram para os hits. “Over and Over”, “I Feel Better” e “Ready For the Floor” estavam com uma roupagem tropical. O vocalista Alexis Taylor fez uma discreta troca de figurino e tirou uma camisa de manga longa estampada para revelar outra camisa de manga longa estampada. Foi quando ele anunciou a última música: um cover de “Dancing in the Dark”, clássico do Bruce Springsteen. A ideia ficou ainda melhor quando Taylor emendou “All My Friends”, hino do LCD Sounsystem. Feito festa de firma, várias pessoas se abraçavam e renovavam os votos de amizade.

Que venha o Sónar 2016!

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Tudo sobre o Sónar São Paulo 2015 https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/11/23/tudo-sobre-o-sonar-2015/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/11/23/tudo-sobre-o-sonar-2015/#respond Mon, 23 Nov 2015 11:16:46 +0000 https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/files/2015/11/Eduardo-Magalhães-10-180x120.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=1190 15326276

Com apenas um dia de shows, no Espaço das Américas, no sábado (28/11), o festival espanhol Sónar São Paulo chega à sua terceira e mais enxuta edição na cidade. Clique na imagem e confira especial com outros destaques do evento, que começa nesta terça (24), e leia sobre (e ouça) cada uma das sete atrações musicais.


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Cinco perguntas para o DJ Alok https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/10/28/cinco-perguntas-para-o-dj-alok/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/10/28/cinco-perguntas-para-o-dj-alok/#respond Wed, 28 Oct 2015 10:00:17 +0000 https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/files/2015/10/12028802_1013585642030950_5128260690052401086_o-180x101.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=952 Sem Título 2
O DJ Alok que se apresentará no EDC Brasil no dia 5 de dezembro.

O DJ brasiliense Alok, 24, está em ascensão. Em março deste ano, mais de 180 mil pessoas presenciaram sua mistura de house e techno no Tomorrowland. A dose será repetida no final do ano. Ele é um dos headliners do EDC Brasil, megafestival de música eletrônica que acontecerá nos dias 4 e 5 de dezembro no Autódromo de Interlagos.

A trajetória do músico mudou em 2014 quando ele foi eleito o melhor DJ brasileiro pela revista House Mag. A honraria foi fruto de um longo trabalho. Filho de DJs, aos 12 anos Alok já arriscava mixar nas pick-ups do pai. A influência resultou no Lógica, projeto de trance que criou em 2007 com o irmão Bhaskar.

A parceria se desfez em 2010. Sozinho e aderindo ao techno, ele compôs “We Are Underground”, seu maior hit. A faixa lembra as produções refinadas do produtor alemão Marc Houle e já contabiliza mais de 1 milhão de plays no Soundcloud.

120BPM fez 5 perguntas para Alok.

UM trecho memorável numa canção.

Imagine there’s no countries
It isn’t hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace…

John Lennon – Imagine

DOIS DJ sets inesquecíveis.

Eric Prydz – EDC Las Vegas 2014

Solomun – Bpm Festival 2014

TRÊS pessoas com quem eu deveria colaborar.

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Gui Boratto
Eric Prydz
Diplo

QUATRO coisas que eu ainda não fiz.

– Fazer uma turnê pela Ásia
– Lançar meu álbum “New Design”
– Fazer a turnê do “New Design”
– Construir uma família

CINCO discos que todo mundo deveria ter.

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“Surrender” – The Chemical Brothers (1999)

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“Breathe” – The Prodigy (single de 1996)

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“Nó na orelha” – Criolo (2011)

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“The Dark Side of the Moon” – Pink Floyd (1973)

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“MTV Unplugged” – Nirvana (1994)

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The Chemical Brothers analisam a dance music em novo disco https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/06/25/the-chemical-brothers-analisa-a-dance-music-em-novo-disco/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/06/25/the-chemical-brothers-analisa-a-dance-music-em-novo-disco/#respond Thu, 25 Jun 2015 13:30:26 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=134 Chems-Press-Shot-1-Hamish-Brown-Lo-Res

A dupla The Chemical Brothers passou cinco anos trancafiada no sul da Inglaterra, em meio a sintetizadores analógicos e alguns colaboradores, para produzir “Born in the Echoes”, seu oitavo disco de estúdio.

“Às vezes você se sente desamparado, mas segure firme que a ajuda está a caminho”, repete uma voz logo na abertura. “Sometimes I Feel So Deserted” é messiânica e reflete o objetivo do duo de trazer urgência e criatividade para a dance music.

Ouça “Sometimes I Feel so Deserted”

O sermão é ancorado nos primórdios da acid house (um braço do gênero, marcado por timbres de sintetizadores mais psicodélicos). “Go” aposta numa linha de baixo que lembra os grooves robóticos da banda Zapp, e na canção a dupla revisita o próprio passado: “Hey Boy, Hey Girl” é ecoada nas rimas do rapper Q-Tip.

Ouça “Go”. O vídeo foi dirigido por Michel Gondry.

Em “Under Neon Lights”, os vocais da musa indie St. Vincent reverenciam os “anos Moroder” de Donna Summer. Os loops descompassados de bateria e os arranjos fora da métrica anunciam a segunda metade do disco.

“Taste of Honey” é construída com zunidos artificiais de abelhas e no final da faixa uma guitarra invade a colmeia. “I’ll See You There” tem batidas quebradas e uma levada que remete aos anos de krautrock do Kraftwerk.

Nas duas últimas faixas, eles baixam a guarda: “Radiate” usa um sax para invocar uma atmosfera ambient house (leia-se Vangelis) e “Wide Opening” abranda os vocais do Beck, coroando o clima de fim de festa.

Nesta compilação de músicas novas, o duo britânico encontrou uma missão. “Queremos fazer música que encha a sala de vida”, diz Ed Simons, uma das cabeças do projeto. “Atualmente parece que o groove sumiu da dance music, é como se James Brown tivesse sido apagado”, completa Tom Rowlands, a outra metade.

É a mistura de conhecimento e paixão pelas raízes da música eletrônica que torna o álbum interessante. A banda busca nos próprios ecos um caminho para entender como o gênero que eles ajudaram a popularizar virou este monstro gigantesco. A solução encontrada está nos timbres estranhos e nos momentos “errados” espalhados pelas onze canções.

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