120 bpm https://120bpm.blogfolha.uol.com.br música eletrônica Wed, 06 Feb 2019 18:11:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 9:59 – Samuel Malbon contra o tempo https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2018/04/27/959-samuel-malbon-contra-o-tempo/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2018/04/27/959-samuel-malbon-contra-o-tempo/#respond Fri, 27 Apr 2018 13:37:00 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=2343

Samuel Malbon, 29, videomaker e um dos criadores da festa Caldo, aceitou participar da série 9:59 que desafia os artistas a criarem uma faixa em 10 minutos.

Live de Samuel Malbon – (Foto Ariana Miliorini)

Vale tudo: sintetizadores, laptops, palmas, caixotes… O importante é respeitar o relógio.

Para criar a faixa, o usou os sintetizadores Digitakt, Ju-06, TB-08 e o modular LIFEFORMS Sv1.

Confira o resultado no vídeo acima.

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Pet Shop Boys faz show multicolorido e repleto de hits em São Paulo https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2017/09/20/pet-shop-boys-faz-show-multicolorido-e-repleto-de-hits-em-sao-paulo/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2017/09/20/pet-shop-boys-faz-show-multicolorido-e-repleto-de-hits-em-sao-paulo/#respond Wed, 20 Sep 2017 15:14:51 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=2271

Por duas horas, a espaçonave multicolorida do Pet Shop Boys despejou hits na pista quase lotada do Espaço das Américas na última terça (19). Livres da apresentação cronometrada do Rock in Rio, a dupla de synthpop formada por Neil Tennant e Chris Lowe nascida nos anos 1980, não economizou: tocaram “West End Girls”, “It’s a Sin”, “Se a Vida É”, “Opportunities”… foram 8 músicas a mais.

Na primeira meia hora, o duo priorizou canções de “Electric” e “Super”, os dois últimos (ótimos) discos produzidos por Stuart Price, mago inglês especialista em revigorar o som de titãs como Madonna e New Order.

É o caso do último single “The Pop Kids”, house nostálgico em que Tennant relembra com ironia os anos 90. “Nós éramos tão sofisticados, dizendo para todo mundo que o rock era superestimado”, ele canta sob batidas inebriantes.

Os novos arranjos são alinhados com um impressionante jogo de luz e cenografia sci-fi. Neil, sempre elegante, trocou diversas vezes de figurino, mantinha uma postura de cavaleiro inglês e se esforçava em falar palavras em português.

A lenta “Home and Dry” funcionou como uma bela pausa para respirar e apreciar os belíssimos timbres de sintetizadores criados por Christopher Lowe (ele emendou com uma jam instrumental enquanto Tennant trocava de roupa). Parecia abdução.

Neil retorna com uma jaqueta brilhante e grita: ”Vocês são garotos fabulosos”. É hora de uma versão pomposa de “Go West”, hino gay do Village People e cantado em plenos pulmões pela plateia. No bis, a techno-salsa de “Domino Dancing” e o cover açucarado de “Always On My Mind” consagram a noite.

Gay assumido e ativista da causa LBGTI (ele esteve envolvido no processo que levou o Governo Britânico a perdoar o cientista gay Alan Turing condenado por indecência no longínquo ano de 1952) , Tennant não fez nenhum comentário explicito sobre a polêmica liminar que permite que psicólogos possam tratar gays e lésbicas como doentes. Talvez porque o espetáculo dançante, celebratório e diverso criado pelo PSB seja autoexplicativo.

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Cinco perguntas para Equinoxious https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/11/29/cinco-perguntas-para-equinoxious/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/11/29/cinco-perguntas-para-equinoxious/#respond Tue, 29 Nov 2016 11:00:18 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=1997 equi

O mexicano Rogelio Serrano bebe da inesgotável fonte do synthpop para criar as faixas do seu projeto Equinoxious. Fã de ficção científica, o jovem de 25 anos se inspira no poeta chileno Vicente Huidobro (1893 –1948) para compor suas letras quase sempre abstratas. Seu live pode ser conferido no primeiro Synth Fest, que acontecerá no Templo Club neste sábado (3).

O blog fez cinco perguntas rápidas para o artista.

UM verso memorável numa canção.

“Gasping – but somehow still alive
This is the fierce last stand of all I am”
‘Well I Wonder’ – The Smiths

DOIS sintetizadores

Roland-SH-5-SH5-2

Korg MS-20
Roland SH-5

Minha música em TRÊS palavras

“Sci-Fi, No presets, Analog Sounds”.

QUATRO shows inesquecíveis

(Todos no México).

– The Cure
– Aviador Dro
– Death In June
– Absolute Body Control

CINCO discos que todo mundo deveria ouvir

“You today” - Martial Canterel

1. “You Today” – Martial Canterel

“Metamatic” - John Foxx

2. “Metamatic” – John Foxx

“Fireside Favorites” - Fad Gadget

3. “Fireside Favorites” – Fad Gadget

“Decadence” - Deux

4. “Decadence” – Deux

“The Man Machine” - Kraftwerk
5.  “The Man Machine” – Kraftwerk

SERVIÇO

SYNTH FEST
QUANDO Domingo (30), das 15 às 5h
ONDE Templo Club, Rua 13 de Maio, 830 – São Paulo
QUANTO R$ 40 (antecipado na Sensorial Discos), R$ 70 (no dia do evento)
CLASSIFICAÇÃO 18 anos

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Cinco perguntas para Juliana R. https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/09/13/cinco-perguntas-para-juliana-r/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/09/13/cinco-perguntas-para-juliana-r/#comments Tue, 13 Sep 2016 15:00:16 +0000 https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/img_3088-180x120.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=1783
Foto: Adam Custins/Divulgação


Juliana R., 29, flertou com o indie pop no seu primeiro disco, mas agora renasceu como musa synth. Seu live atual é repleto de batidas obscuras e faz referência direta à cena new wave e synth pop dos anos 1980.  Para realçar a aura retrô, ela usa um estúdio portátil de fita cassete TASCAM que separa a música em quatro camadas que são acionadas enquanto ela canta versos como “Você não vale nada!”. No próximo domingo (18), ela se apresentará na festa S*LAR, organizada pelo 120BPM no Elevado.  O blog fez cinco perguntas para a cantora.

UM verso memorável numa canção.

“Watch out! The world’s behind you”, 

Sunday Morning – Velvet Underground

DUAS coisas para fazer num dia ensolarado.

Ir pra rua e ir pra praia.

Minha música em TRÊS palavras

Voz, sintetizador e bateria

QUATRO shows inesquecíveis

Vale só um?

“Metal Machine Trio” no Sesc Pinheiros.

CINCO discos que todo mundo deveria ouvir


1. “Lol Coxhill & Totsuzen Danball”


2. Horace Andy – “Dance Hall Style


3. Phew – “Phew”


4. Tippa Lee & Rappa Robert – “Nuh Trouble We”


5. Yellow Magic Orchestra – “BGM”

SERVIÇO

120BPM APRESENTA S*LAR NO ELEVADO
QUANDO Domingo (18), das 15 às 19h
ONDE Elevado, Rua Dr. Albuquerque Lins, 489, sobreloja (próximo ao metrô República)
QUANTO Grátis
CLASSIFICAÇÃO Livre

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Festa S*LAR traz música de sintetizador às tardes de domingo https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/09/13/festa-slar-traz-musica-de-sintetizador-as-tardes-de-domingo/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/09/13/festa-slar-traz-musica-de-sintetizador-as-tardes-de-domingo/#respond Tue, 13 Sep 2016 13:00:22 +0000 https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/solar_28jul-2-180x120.jpg https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=1799
Akin Deckard se apresenta na última edição da festa (Foto: Alex Kidd)

O 120 BPM em parceria com o Elevado, apresenta a quinta edição da festa S*LAR que será realizada neste domingo (18), a partir das 15h. O “churrasco eletrônico”, trará performances de Lucas Rampazzo, Juliana R., The Radio Droids e Fukushima Future. Acompanhe nossas postagens durante a semana para saber mais sobre eles.

 

SERVIÇO

120BPM APRESENTA S*LAR NO ELEVADO
QUANDO Domingo (18), das 15 às 19h
ONDE Elevado, Rua Dr. Albuquerque Lins, 489, sobreloja (próximo ao metrô República)
QUANTO Grátis
CLASSIFICAÇÃO Livre

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O homem que caiu em Berlim https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/01/15/o-homem-que-caiu-em-berlim/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/01/15/o-homem-que-caiu-em-berlim/#comments Fri, 15 Jan 2016 10:50:05 +0000 https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/files/2016/01/David_bowie_heroes-180x113.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=1389 David Bowie at the Berlin Wall, 1987

No final dos anos 1970, David Bowie (1947-2016) fugia de demônios e do vício em cocaína. Encontrou em Berlim um retiro espiritual e, principalmente, um renascimento sonoro. De 1976 a 1979, o artista criou três obras essenciais na sua discografia: “Low”, “Heroes” e “Lodger”. A chamada “trilogia de Berlim” foi um experimento intergênero que unia a disciplina da música eletrônica ao caos sonoro do rock’n’roll.

O momento era propício. A cena cultural da Alemanha pós-Segunda Guerra também buscava uma nova identidade, e foi um quarteto alemão que chamou a atenção do camaleão do rock para este novo som europeu. Em 1974, o Kraftwerk lançou “Autobahn”, disco que rejeitava a linguagem musical espontânea do rock americano.

Bowie ficou maravilhado com a ideia e reuniu os produtores Tony Visconti e Brian Eno para criar “Low”, de 1976. Logo na primeira audição, o disco revela-se desesperado e claustrofóbico. Nele, o camaleão estava mais interessado no som como textura do que como música. “Produzir músicas com uma pegada noise me pareceu bem lógico”, disse na época à revista Rolling Stone.

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Ironicamente, a primeira parte da fase Berlim foi concebida nos estúdios do Château d’Hérouville, na França. Tony relembra que, durante as gravações, Eno instigava Bowie a sair de sua zona de conforto. O trio conseguiu convencer os músicos da banda, formados na escola improvisada do R&B, a reproduzirem a perfeição cirúrgica do rock alemão.

A influência de Eno foi ainda maior no lado B do disco que leva a ideia de fusão do rock com a eletrônica ao extremo. São quatro faixas instrumentais que exploram os sons espaciais criadas por sintetizadores. Destaque para “Warszawa”, pontuada com susssuros sombrios de Bowie.

Comparado com o som clínico do Kraftwerk, “Low” transborda emoção humana. Em uma entrevista de 1995, Bowie revela por que não se entregou totalmente à rigidez da música eletrônica alemã.

“A forma como o Kraftwerk abordava a música tinha, em si, pouco espaço em meu esquema de criação. Eles fizeram uma série de composições controladas e robóticas (…). Meu trabalho tendia a compor-se de obras expressionistas ligadas ao estado de ânimo, o protagonista (eu) entregando-se ao Zeitgeist, com pouco ou nenhum controle sobre sua vida. A música era, em sua maior parte, espontânea e criada no estúdio”.

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Se “Low” lidava com os tormentos de Bowie, sua continuação, “Heroes”, de 1977, é um filho legítimo de Berlim. Os títulos das 10 faixas prestam homenagem à cidade: da atmosfera esquizofrênica das ruas explicitada em “Blackout” ao clima deprimente do bairro de imigrantes turcos em “Neukoin”. Contribuiu o fato de o disco ter sido inteiramente gravado nos estúdios Hansa, um antigo salão de bailes da Gestapo próximo ao Muro de Berlim.

A vista privilegiada serviu de inspiração para a faixa-título. “Eu via dois amantes que se encontravam todos os dias no Muro e me perguntava, por que eles se encontravam justamente lá?”, revelou anos depois.

“Heroes” é mágica e se tornou um hino no vasto cancioneiro de Bowie. Ancorada nos timbres do sintetizador EMS Synthi, a faixa é embriagada de um romantismo melancólico e foi a precurssora do movimento New Romantics, que tomaria conta dos anos 1980 e influenciaria a sonoridade de mestres do synthpop como o Human League e Depeche Mode.

“Lodger”, o ultimo capítulo da trilogia, é menos badalado. Bowie começou a se desvencilhar das influências europeias e fez um disco mais convencional. Na debochada e irreverente “D.J.”, o cantor prevê o futuro do culto aos disc-jóqueis. No videoclipe ele destrói uma cabine de DJ enquanto canta de forma irônica: “I am a D.J., I am what I play”.

Apesar das inovações, a fase Berlim não impressionou nas vendas. No começo da década de 1980, o cantor retornou a Nova York, onde gravou “Scary Monsters (And Super Creeps)”, obra em que encontrou um balanço entre as experimentações e a música pop comercial.

Porém, o impacto destes três discos ajudou a configurar um novo espírito musical. Ao unir a frieza da música sintética alemã com o calor do rock’n’roll, Bowie iluminou um futuro eletrônico.

OMELHOR DE BERLIM

120 BPM selecionou 10 faixas essenciais para você apreciar a era Berlim de Bowie.

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Todd Terje ativa máquina do tempo musical no primeiro dia do Popload https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/10/17/todd-terje-ativa-maquina-do-tempo-musical-no-primeiro-dia-do-popload-festival/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/10/17/todd-terje-ativa-maquina-do-tempo-musical-no-primeiro-dia-do-popload-festival/#respond Sat, 17 Oct 2015 14:40:49 +0000 https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/files/2015/10/rj7nuvtgeykcfwzbuft8-180x96.png http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=818 11215160_898763770204354_4158552055105706760_n
Foto: Fabrício Vianna

Escalado como atração principal do Popload Festival, o DJ Todd Terje tocou na madrugada deste sábado (17)  no Audio, em São Paulo, ao mesmo tempo que o lendário Iggy Pop ocupava o palco principal. A concorrência não intimidou o norueguês. Durante quase duas horas, o discípulo direto de Giorgio Moroder apostou na mistura explosiva de disco, house e sintetizadores.

A moroderiana “Delorean Dynamite” apareceu logo no início, e se o show acontecesse na próxima quarta (21) e coincidisse com a data da vinda de Marty McFly para o futuro, o protagonista de “De Volta Para o Futuro 2” acharia 2015 um tanto retrô.

Uma pena que o produtor não estava com a banda completa, e músicas brilhantes, mas menos dançantes, como “Svensk Sås” e “Johnny & Mary”, ficaram de fora.

“Inspector Norse”, seu maior hit, apareceu no final em versão acelerada. A pista entrou em transe e a noite poderia acabar ali. Não contente, Todd deu o golpe de misericórdia e tirou da manga um remix sensacional de “I Wanna Dance With Somebody”, clássico da cantora Whitney Houston. Great Scott!

O segundo dia do festival, neste sábado (17), tem entre seus destaques os escoceses do Belle and Sebastian e os norte-americanos do Spoon.

SÁBADO (17)
Belle & Sebastian
Spoon
Cidadão Instigado
Barbara Ohana
Holy Ghost! (DJ Set)
Chris and Rich, do B&S (DJ Set)
Eric Duncan

POPLOAD FESTIVAL
QUANDO sábado (17), a partir das 18h
ONDE Audio Club, av. Francisco Matarazzo, 694, tel. (11) 3862-8279
QUANTO de R$160 (meia, pista, um dia) a R$720 (inteira, camarote, dois dias), no site sympla.com.br/poploadfestival ou na loja Japonique (r. Girassol, 175, Vila Madalena), de seg. a sex., das 10h às 19h. Classificação 18 anos> www.poploadfestival.com

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9:59 – Érica Alves contra o tempo https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/08/19/959-erica-alves-contra-o-tempo/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/08/19/959-erica-alves-contra-o-tempo/#respond Wed, 19 Aug 2015 14:47:52 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=573 Érica Alves por Daniel Wierman

No segundo vídeo da série 9:59, a convidada é a carioca Érica Alves, 28, um dos nomes mais promissores na cena eletrônica underground de São Paulo. Érica é vocalista do The Drone Lovers (banda formada junto com os produtores Pedro Zopelar e Davis Genuino) e representará o Brasil em outubro no Red Bull Music Academy, em Paris.

Sobre o desafio de ser uma voz feminina em um cena dominada por homens, ela diz: “Acho que tem poucas mulheres fazendo música eletrônica porque nós fomos criadas para ter outros sonhos que não mexer em máquinas. Eu sabia que se não saísse do armário com a minha produção, eu não ia mudar nada pra ninguém. Por isso resolvi fazer meu live”.

Para criar o som, ela usou os sintetizadores  Korg Volca Beats, Roland Gaia Korg Monotribe e a bateria eletrônica Roland Aira TR-8.

O desafio não é simples. Os artistas convidados têm 10 minutos (ou 9:59) para criar uma faixa do zero. Vale tudo: sintetizadores, laptops, palmas, caixotes… O importante é respeitar o relógio.

O vídeo foi gravado no Red Bull Station durante a residência de Érica no projeto Pulso. Confira o resultado:

– Ouça as músicas de Érica Alves.
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Sintetizador: o aparelho que mudou a música eletrônica https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/06/23/sintetizador-o-aparelho-que-mudou-a-musica-eletronica/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/06/23/sintetizador-o-aparelho-que-mudou-a-musica-eletronica/#respond Tue, 23 Jun 2015 23:29:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=105 Saiba como funciona e quem foram os pioneiros do instrumento que ajudou a popularizar a música eletrônica.

 

10 MÚSICAS ESSENCIAIS QUE USAM A ENGENHOCA

1. Autobahn (Kraftwerk, 1977

2 – From Here to Eternity (Giorgio Moroder, 1977)

3- I Feel Love ( Donna Summer, 1977)

4 – Cars (Gary Numan, 1979)

5 – Chariots of Fire (Vangelis, 1981)

6 – Planet Rock (Afrika Bambatta, 1982)

7 – Blue Monday (New Order, 1983)

8 – Humming (Portishead, 1997)

9 – Giorgio by Moroder (Daft Punk, 2013)[

10 – Inspector Norse (Todd Terje, 2014)

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Instrumento que definiu o som de clássicos da música eletrônica ganha fabricantes no Brasil https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/06/23/instrumento-que-definiu-o-som-de-classicos-da-musica-eletronica-ganha-fabricantes-no-brasil/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/06/23/instrumento-que-definiu-o-som-de-classicos-da-musica-eletronica-ganha-fabricantes-no-brasil/#respond Tue, 23 Jun 2015 16:01:33 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=90 O texto abaixo foi publicado originalmente na “Ilustrada”.

Foto: Eduardo Knapp/Folhapress
Arthur Joly em sua oficina na Vila Mariana, cercado pelos sintetizadores que produz.

Nos fundos de sua casa, na Vila Mariana, em São Paulo, o músico Arthur Joly guarda uma espécie de disco voador.

Em meio a botões, luzes, ferramentas, circuitos e placas eletrônicas, ele mantém uma oficina com ares de ficção científica na qual constrói, sozinho, sintetizadores.

Criado na década de 1940, o instrumento que definiu o som robótico de artistas clássicos da música eletrônica, como os alemães do Kraftwerk e os ingleses do New Order, só recentemente passou a ter fabricantes no Brasil.

Embora os sintetizadores estejam presentes no país desde os anos 1960, com Os Mutantes e Jorge Antunes, precursor da música eletroacústica nacional, foi nos últimos cinco anos que três professores pardais passaram a montar e vender filtros, osciladores, envelopes e amplificadores –os módulos que formam os sintetizadores.

Muitas vezes ligados a teclados, os equipamentos transformam tensões elétricas em sons, desenhando timbres e criando barulhinhos.

Guitarrista e produtor musical, Joly, 37, é um desses três fabricantes –atua de maneira artesanal, por encomenda de amigos ou para consumo próprio. Os outros são Vinicius Brazil, da V Brazil, e Paulo Santos, da EMW (Eletronic Music Works) –ambos vendem em escala comercial.

Os clientes são músicos e produtores musicais.

Segundo profissionais ouvidos pela reportagem, há muitos que o fazem por hobby, mas apenas Santos, Brazil e Joly produzem para venda os módulos para sintetizadores no Brasil. As engenhocas que criam custam de R$ 600 (um módulo) a R$ 6.000.

AEROMODELISMO

Joly se divide entre a fabricação de sintetizadores e a criação de trilhas para peças publicitárias. Autodidata, se aventurou primeiro neste universo quando um amigo lhe mostrou um Minimoog, sintetizador analógico.

A partir dali, virou um colecionador –chegou a ter 35 modelos diferentes. Conheceu então um site com esquemas eletrônicos prontos e montou seu primeiro projeto. “Eu tinha experiência com solda por causa do aeromodelismo, então fiz um kit e deu certo”, relembra.

“Montei o ‘PolyJoly’ e postei um vídeo do projeto num site especializado. De repente, vários gringos estavam curtindo.” Partiu para a gigantesca parede de módulos e filtros “Jolymod”, na qual gastou R$ 25 mil –segundo ele, por inexperiência. Não parou mais.

Construído em um elegante gabinete de madeira, o modelo ressalta uma característica dos projetos de Joly: o design. Os instrumentos desenvolvidos pelo músico têm muito cuidado estético.

Um deles, realizado em uma caixa de acrílico que mostrava todo o esqueleto eletrônico de fios e placas, foi projetado para ser tocado dentro de uma piscina, parte de uma apresentação dos músicos Paulo Beto e Zopelar.

O plano de operar o sintetizador submerso naufragou –os músicos mergulharam, mas os instrumentos ficaram apenas sobre boias.

Para Paulo Beto, que usa tanto sintetizadores nacionais quanto importados, a vantagem de contar com um fabricante local é “trabalhar junto com o construtor”. “Assim é mais fácil buscar soluções práticas e inteligentes.”

O músico também destaca o custo, quase um terço menor do que importados. Isso não significa que os equipamentos sejam baratos, por conta dos componentes importados.

DISCO VOADOR

Como Joly atua de maneira artesanal, em seu site (recosynth.com) ele recomenda a VBrazil (vbrazil.eng.br), de Vinicius Brazil, 61, engenheiro eletrônico que começou a projetar pedais para guitarras na década de 1960.

Naquela época, diz o carioca, só ele e Cláudio César Dias Baptista, irmão de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, d’Os Mutantes, se aventuravam em projetos de sintetizadores.

Hoje, paralelamente a sistemas de controle para indústria, ele voltou a desenvolver módulos. “Prezo pela qualidade sonora. O equipamento tem que atender a todas as situações. Precisa ter um som puro, mas se quiser fazer barulho, ele vai fazer”, diz Brazil.

Os sons alienígenas que um sintetizador pode produzir já viraram piada entre fabricantes. Arthur Joly conta já ter ouvido muitas vezes que “possui um disco voador, mas só o usa para ir ao supermercado”, ou seja, para tocar músicas mais tradicionais.

MUITO CHATO

Na mesma linha de Brazil está Paulo Santos, o único que produz em escala industrial, cujos primeiros projetos foram concebidos no meio dos anos 1980.

Proprietário da EMW (Eletronic Music Works, electronicmusicworks.com), Santos começou a produzir comercialmente apenas em 2011, porque se reconhece “muito chato, muito crítico com aquilo que produz”.

Seus equipamentos procuram reproduzir o timbre dos sintetizadores antigos, fruto da paixão pelo Kraftwerk e bandas posteriores, como o Human League. O paulista de Amparo diz vender muito mais para clientes do exterior, inclusive com revendedores no Japão.

“Faço isto porque gosto. Se for pensar em termos de investimento, de retorno, como empresário, eu jamais faria isto. Porque não compensa.”

Joly concorda. “Se pensar no quanto de metal que tem aqui, o marceneiro e o imposto sobre placa, acaba quase empatando com os custos.”

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