120 bpm https://120bpm.blogfolha.uol.com.br música eletrônica Wed, 06 Feb 2019 18:11:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Herod faz tributo a Kraftwerk no Sesc Pompeia https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/10/03/herod-faz-tributo-a-kraftwerk-no-sesc-pompeia/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2016/10/03/herod-faz-tributo-a-kraftwerk-no-sesc-pompeia/#respond Mon, 03 Oct 2016 18:12:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=1839
Herod 1 (Crédito - Herod)
A banda experimental de post-rock Herod, fará um tributo ao Kraftwerk no Sesc Pompeia no próximo dia 13. Para a apresentação, eles recriaram organicamente sete faixas das fases entre “Autobahn” e “The Man Machine” usando apenas baixo, guitarra, bateria e voz. O 120 BPM pediu para os integrantes escolherem suas faixas favoritas do quarteto alemão.

 

Kometenmelodie 1 e 2
Elson (baixo): A música que originou todo o projeto. Nos perguntamos: como seria ouvir a ambiência dark de “Kometenmelodie 1” com uma plataforma de guitarras, ao melhor estilo Sunn O)))? Por que não tentar nós mesmos?

Radioactivity
Bruno (bateria): Essa música representa um pouco de tudo o que é o estilo da Herod: o clima, as dinâmicas, o peso, a forma como a música cresce e tem o seu final apoteótico com todo barulho/noise característicos da banda.
The Model
Lippaus (guitarra): Optamos por fazer uma versão mais dinâmica, animada e de duração curta. Gosto de pensar que sua função, junto a da “Antenna”, é para o “momento tiro” do projeto, justamente por ser uma música curta e agitada no meio de tantos momentos mântricos e densos.
The Hall of Mirrors
Sacha (guitarras): É um mantra do Kraftwerk, provocante, catalizador da nossa criatividade e consolidador das nossas ideias numa pegada “OM encontra Godspeed You! Black Emperor!.”
Autobahn
Daniel Ribeiro (guitarras): Um costume que temos enquanto banda é a de nos auto-impor desafios, e fazer essa epopeia colossal que é a “Autobahn” é um deles.

SERVIÇO

HAROD TOCA KRAFTWERK
QUANDO Quinta (13), 21h30
ONDE Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93, Pompeia – São Paulo)
QUANTO R$6 a R$20
CLASSIFICAÇÃO Livre

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Biografia do Kraftwerk desvenda origens dos pais da música eletrônica https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/08/17/biografia-do-kraftwerk-desvenda-origens-dos-pais-da-musica-eletronica/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/08/17/biografia-do-kraftwerk-desvenda-origens-dos-pais-da-musica-eletronica/#respond Mon, 17 Aug 2015 15:00:52 +0000 https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/files/2015/08/14246732336_3289a2e4dc_o-180x127.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=590 topo_desk
Ilustração: Bruno Oliveira Santos

Confira infográfico interativo com curiosidades, vídeos e imagens raras da banda.

Segundo David Levy, pesquisador britânico de inteligência artificial, é possível que o primeiro casamento entre um homem e um robô ocorra até 2050.

É um futuro com o qual o Kraftwerk sonha há décadas. Nos anos 1970 e 1980 (quando Apple e IBM engatinhavam), o quarteto criou uma música tecnológica com batidas robóticas que hoje soam como trilha de videogame retrô.

Tendo a Alemanha pós-Segunda Guerra como cenário, os rapazes de Düsseldorf tinham uma meta: rejeitar todas as tradições da música pop e inventar algo completamente novo.

Com sintetizadores e certo romantismo, compuseram sobre rodovias, trens e computadores —a música folk das fábricas.

Avessa aos holofotes, a banda raramente dava entrevistas. Desvendar suas origens: eis o desafio de David Buckley na biografia (só parcialmente autorizada) “Publikation” (2011), recém-lançada no Brasil.

“Não foi fácil”, ele afirma à Folha. Ralf Hütter e Florian Schneider, fundadores e cabeças pensantes do Kraftwerk, recusaram-se a colaborar com a obra.

Mas os ex-integrantes Wolfgang Flur e Karl Bartos compartilharam sua “memória RAM”, e desses papos Buckley —que já escreveu sobre David Bowie—extrai algoritmos interessantes. “Eles eram a antítese do rock dos anos 1970. Em vez de cabelos longos e jeans rasgado, se vestiam feito bancários.”

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Kraftwerk em Rotterdam, Holanda, em 21 de março de 1976 / Foto: Gijsbert Hanekroot

A maior polêmica envolve a concepção de “Autobahn” (1974). Segundo Buckley, Conny Plank foi o grande responsável pelo som do Kraftwerk. Ele coproduziu o disco e deu a ideia de trocar o órgão pelo sintetizador. Nos créditos, porém, só aparece como engenheiro de som.

Se o Kraftwerk deu corpo aos ritmos sintéticos, foi o italiano Giorgio Moroder quem os levou ao topo das paradas. Dono de um bigode canastrão, o produtor de faixas como “I Feel Love” (Donna Summer) já usava sintetizadores para incrementar sua disco music nos anos 1970.

Buckley reproduz uma provocação de Moroder: “Eles acham que com uma melodia fácil e um sintetizador podem criar um hit”.

A resposta de Düsseldorf veio com “The Man-Machine” (1978). Músicas como “The Robots” ironizavam o calor da disco music, com elementos do gênero pontuados roboticamente.

David Bowie era um apreciador da “paródia do minimalismo” feita por eles. De cafés e noitadas com Bowie e Iggy Pop nasceu o álbum “Trans-Europe Express” (1977), que cita os dois na faixa-título.

Bowie homenageou Florian em “V-2 Schneider”, do disco “Heroes” (1977). Para batizar a música instrumental, fundiu o nome do amigo ao do primeiro míssil balístico, usado pelos nazistas em Londres.

Ainda assim, o Kraftwerk declinou parceria com o britânico. Idem para Michael Jackson, que os queria produzindo “Thriller”.

Para Buckley, a derrocada criativa se deu após Hütter se apaixonar por uma máquina, a bicicleta —tema do último disco de estúdio da banda, “Tour de France” (2003). “Obcecado pelo ciclismo, ele não tinha mais interesse em turnês.”

Único remanescente da formação original, Hütter comenta, em entrevista reproduzida no livro, o legado do Kraftwerk: “É a ideia de não separar dança aqui, arquitetura ali e pintura lá. Rompemos a barreira entre artesãos e artistas. Éramos operários da música”.

KRAFTWERK: PUBLIKATION
AUTOR David Buckley
EDITORA Pensamento
QUANTO R$ 52 (368 págs.)


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Instrumento que definiu o som de clássicos da música eletrônica ganha fabricantes no Brasil https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/06/23/instrumento-que-definiu-o-som-de-classicos-da-musica-eletronica-ganha-fabricantes-no-brasil/ https://120bpm.blogfolha.uol.com.br/2015/06/23/instrumento-que-definiu-o-som-de-classicos-da-musica-eletronica-ganha-fabricantes-no-brasil/#respond Tue, 23 Jun 2015 16:01:33 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://120bpm.blogfolha.uol.com.br/?p=90 O texto abaixo foi publicado originalmente na “Ilustrada”.

Foto: Eduardo Knapp/Folhapress
Arthur Joly em sua oficina na Vila Mariana, cercado pelos sintetizadores que produz.

Nos fundos de sua casa, na Vila Mariana, em São Paulo, o músico Arthur Joly guarda uma espécie de disco voador.

Em meio a botões, luzes, ferramentas, circuitos e placas eletrônicas, ele mantém uma oficina com ares de ficção científica na qual constrói, sozinho, sintetizadores.

Criado na década de 1940, o instrumento que definiu o som robótico de artistas clássicos da música eletrônica, como os alemães do Kraftwerk e os ingleses do New Order, só recentemente passou a ter fabricantes no Brasil.

Embora os sintetizadores estejam presentes no país desde os anos 1960, com Os Mutantes e Jorge Antunes, precursor da música eletroacústica nacional, foi nos últimos cinco anos que três professores pardais passaram a montar e vender filtros, osciladores, envelopes e amplificadores –os módulos que formam os sintetizadores.

Muitas vezes ligados a teclados, os equipamentos transformam tensões elétricas em sons, desenhando timbres e criando barulhinhos.

Guitarrista e produtor musical, Joly, 37, é um desses três fabricantes –atua de maneira artesanal, por encomenda de amigos ou para consumo próprio. Os outros são Vinicius Brazil, da V Brazil, e Paulo Santos, da EMW (Eletronic Music Works) –ambos vendem em escala comercial.

Os clientes são músicos e produtores musicais.

Segundo profissionais ouvidos pela reportagem, há muitos que o fazem por hobby, mas apenas Santos, Brazil e Joly produzem para venda os módulos para sintetizadores no Brasil. As engenhocas que criam custam de R$ 600 (um módulo) a R$ 6.000.

AEROMODELISMO

Joly se divide entre a fabricação de sintetizadores e a criação de trilhas para peças publicitárias. Autodidata, se aventurou primeiro neste universo quando um amigo lhe mostrou um Minimoog, sintetizador analógico.

A partir dali, virou um colecionador –chegou a ter 35 modelos diferentes. Conheceu então um site com esquemas eletrônicos prontos e montou seu primeiro projeto. “Eu tinha experiência com solda por causa do aeromodelismo, então fiz um kit e deu certo”, relembra.

“Montei o ‘PolyJoly’ e postei um vídeo do projeto num site especializado. De repente, vários gringos estavam curtindo.” Partiu para a gigantesca parede de módulos e filtros “Jolymod”, na qual gastou R$ 25 mil –segundo ele, por inexperiência. Não parou mais.

Construído em um elegante gabinete de madeira, o modelo ressalta uma característica dos projetos de Joly: o design. Os instrumentos desenvolvidos pelo músico têm muito cuidado estético.

Um deles, realizado em uma caixa de acrílico que mostrava todo o esqueleto eletrônico de fios e placas, foi projetado para ser tocado dentro de uma piscina, parte de uma apresentação dos músicos Paulo Beto e Zopelar.

O plano de operar o sintetizador submerso naufragou –os músicos mergulharam, mas os instrumentos ficaram apenas sobre boias.

Para Paulo Beto, que usa tanto sintetizadores nacionais quanto importados, a vantagem de contar com um fabricante local é “trabalhar junto com o construtor”. “Assim é mais fácil buscar soluções práticas e inteligentes.”

O músico também destaca o custo, quase um terço menor do que importados. Isso não significa que os equipamentos sejam baratos, por conta dos componentes importados.

DISCO VOADOR

Como Joly atua de maneira artesanal, em seu site (recosynth.com) ele recomenda a VBrazil (vbrazil.eng.br), de Vinicius Brazil, 61, engenheiro eletrônico que começou a projetar pedais para guitarras na década de 1960.

Naquela época, diz o carioca, só ele e Cláudio César Dias Baptista, irmão de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, d’Os Mutantes, se aventuravam em projetos de sintetizadores.

Hoje, paralelamente a sistemas de controle para indústria, ele voltou a desenvolver módulos. “Prezo pela qualidade sonora. O equipamento tem que atender a todas as situações. Precisa ter um som puro, mas se quiser fazer barulho, ele vai fazer”, diz Brazil.

Os sons alienígenas que um sintetizador pode produzir já viraram piada entre fabricantes. Arthur Joly conta já ter ouvido muitas vezes que “possui um disco voador, mas só o usa para ir ao supermercado”, ou seja, para tocar músicas mais tradicionais.

MUITO CHATO

Na mesma linha de Brazil está Paulo Santos, o único que produz em escala industrial, cujos primeiros projetos foram concebidos no meio dos anos 1980.

Proprietário da EMW (Eletronic Music Works, electronicmusicworks.com), Santos começou a produzir comercialmente apenas em 2011, porque se reconhece “muito chato, muito crítico com aquilo que produz”.

Seus equipamentos procuram reproduzir o timbre dos sintetizadores antigos, fruto da paixão pelo Kraftwerk e bandas posteriores, como o Human League. O paulista de Amparo diz vender muito mais para clientes do exterior, inclusive com revendedores no Japão.

“Faço isto porque gosto. Se for pensar em termos de investimento, de retorno, como empresário, eu jamais faria isto. Porque não compensa.”

Joly concorda. “Se pensar no quanto de metal que tem aqui, o marceneiro e o imposto sobre placa, acaba quase empatando com os custos.”

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