Lolla 2017: confira resumo do primeiro dia do bombado palco Perry’s
Dance, Lolla, dance! Se a eletrônica ganhou força no Lollapalooza 2017, era óbvio que o Palco Perry’s, dedicado ao gênero, seria um dos mais disputados do festival. Boa parte das mais de 100 mil pessoas que ocuparam o Autódromo de Interlagos no último sábado (25) disputou cada centímetro do palco, que ganhou uma turbinada – um sistema de som potente e canhões de papel picado. Parecia um mini-Tomorrowland. O 120 BPM compilou alguns destaques deste primeiro dia.
MENINO PRODÍGIO
O DJ brasileiro Ricci abriu os trabalhos às 12h45 em ponto. O produtor, de 20 anos, tocou para uma plateia que foi enchendo o espaço aos poucos. No começo o DJ enfrentou problemas com o som e as pessoas gritavam “aumenta”. Quando tocou um remix de “By the Way”, do Red Hot Chili Peppers, arrancou aplausos, pulinhos e gritos eufóricos.
MULHERES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS
O ápice da balada no Perry’s foi o set do DJ e produtor mato-grossense Lukas Ruiz, aka Vintage Culture, no pôr do sol. Minutos antes de sua apresentação, o palco congestionou, feito inédito segundo o público que já havia frequentado outras edições. Sob urros “Olha este homem!” e pulos, ele abriu o set com o hit “Drinkee”. As pessoas repetiam o verso “eu tomo um drink, eu fico tonto” feito um mantra. Beber, porém, não era tão fácil, pois os bares ao redor do palco estavam abarrotados, um sinal de que a organização precisa repensar o espaço dedicado aos DJs na edição 2018.
NA DÚVIDA, CHAME UM BATERISTA!
No meio da tarde, o duo canadense Bob Moses, conhecido pelo seu housepop eletrônico, subiu no Palco Axe com uma formação mais orgânica com bateria e guitarra. Como o vocalista Tom Howie não é um exímio guitarrista, o baterista roubou a cena. Em “Tearing Me Up”, o duo improvisou e o tecladista Jimmy Vallence tentou arrancar maluquices do seu synth Prophet, mas a impressão geral foi de uma banda que se encaixaria perfeitamente num episódio da extinta série “The O.C.”
SALADA MISTA
Encerrando os beats da noite, a dupla nova-iorquina The Chainsmokers formada por Andrew Taggart e Alex Pall lotou o palco Axe com remixes de The Killers, Red Hot Chili Peppers e até da música tema do Rei Leão. Flertando com o dubstep e a bass music, ao vivo o som do Chainsmokers é mais visceral que suas baladas radiofônicas. Não demorou para o set virar uma espécie de rave-karaokê com as letras das músicas aparecendo no telão. O público respondia empolgado e os rapazes instigavam de volta pulando freneticamente ao redor dos seus equipamentos. A euforia faz sentido. Mesmo sem ter um disco de estúdio, o duo, que estourou ano passado com o hit “Closer” (a última do show), já colocou três músicas ao mesmo tempo no top 10 da parada Hot 100 da Billboard, feito alcançado apenas por Beatles e Bee Gees.
A BALADA CONTINUA
Nossa cobertura continua hoje e vamos acompanhar os sets da dupla brasileira Chemical Surf, o dubstep roqueiro do Borgore e a EDM elétrica do Martin Garrix. Fiquem ligados na nossa cobertura ao vivo.